sábado, 21 de janeiro de 2012

Devaneios



A gente sempre acha que vai ser fácil, que vai conseguir superar e esquecer. Conseguir até a gente consegue. Temporariamente. Mas chega uma hora que a carência bate, o desespero toma conta e aquela pergunta clássica assombra seus pensamentos como um fantasma teimoso e ridículo: POR QUÊ? Você chora, lembrando de cada momento, por mais simples e insignificante que seja, transformando-os numa história de amor, com direito aquele dramalhão mexicano estilo Maria-do-Bairro. Cada detalhe, cada ação, por mais que não tivesse nenhuma intenção de tal significado, transformados em lembranças lindas e perfeitas, mascarando o real motivo do fim dessa tal história.
É, meu bem, nós temos esse terrível hábito de querer esconder os (vários) momentos ruins com (poucos) momentos bons que vivemos juntos ao lado de um certo alguém. É o auto boicote. Se apegar a míseros momentos e sofrer em cima deles. E chorar por causa deles. Se de início você achava que não daria certo por vários motivos, você passa a achar que esses seriam os motivos que poderiam fazer com que tivesse dado certo. E a tortura só aumenta.
E é aí que entra o chamado TEMPO. Sim, caros amigos, o tempo. Pode parecer um super clichê, mas só ele é capaz de curar as piores feridas do coração. Vai deixar cicatrizes, é claro, mas cicatrizes só mostram que você passou por algum momento marcante na sua vida. Sim, antes que o tempo apague tudo, você tem que lutar para que isso aconteça, não mesmo? Que fique bem claro que você não vai ficar sentada vendo e esperando o tempo passar diante dos seus olhos, não é mesmo? O tempo sozinho não cura todas as feridas. Creio que seja uma associação desse dito cujo TEMPO e a vontade de viver intensamente. Saia de casa, se divirta, converse com seus amigos. Manter a cabeça ocupada é o melhor remédio nessa situação. E irá perceber que todas aquelas memórias vão virando pó, até que um dia, você nem lembrará mais.
Tome a iniciativa de viver. Sofrer faz parte do processo natural da vida pós-decepção-amorosa. Por mais que doa muito, é preciso se desprender do passado para que sua vida possa seguir em frente.

domingo, 11 de setembro de 2011

Cante e Pense comigo #1

Eu e minhas ideias durante as noites sem sono. Sempre que eu ouço uma música (qualquer que seja) fico interpretando cada partezinha do texto (é, eu tenho problemas) e sempre tem algumas partes das músicas que eu não compreendo. Então, resolvi compartilhar esse momentos meus com vocês (oi?) (luisamarilacfeelings) e fazer uma tag só com interpretações de músicas.
A escolhida de hoje é não menos que "À Primeira Vista" uma letra de Chico César que é interpretada por Daniela Mercury (tão anos 90...)

À Primeira vista - Daniela Mercury

Quando não tinha nada, eu quis (O famoso "se não tem tu, vai tu mesmo")
Quando tudo era ausência, esperei (Perdeu tempo)
Quando tive frio, tremi (E o casaco cadê?)
Quando tive coragem, liguei (Depois de algumas doses de álcool, todo mundo liga, fia?)

Quando chegou carta, abri (A curiosidade matou o gato)
Quando ouvi Prince, dancei (Dá pra dançar com isso?)
Quando o olho brilhou, entendi (Entendi que você tava afim. Só naquela hora.)
Quando criei asas, voei (Já imagina a queda depois, ?)

Quando me chamou, eu vim ( facin, facin)
Quando dei por mim, tava aqui (Ôpa, cheguei!)
Quando lhe achei, me perdi (GPS tá aí pra isso, ?)
Quando vi você, me apaixonei (SE FERROU!)

Amarazáia zoê, záia, záia
A hin hingá do hanhan.....
Ohhh! (Entodando Cânticos)

http://www.youtube.com/watch?v=QHguxvGv9m4

terça-feira, 30 de agosto de 2011

O curinga




Comparo a situação de estar solteira à carta do Curinga de um baralho. A carta do Curinga é aquela que dá certo com qualquer outra carta do baralho, pode substituir qualquer carta no jogo que esteja “faltando”. Mas no MOMENTO do jogo. O jogo acaba e, então, cada carta vai para seu devido lugar, “encontra” seu par e o Curinga continua sozinho. O mesmo acontece com quem é solteiro. O solteiro (aqui eu falo com relação a ambos os sexos) vai a uma festa/bar/balada, encontra um “par”, ele até serve pra’quele momento, mas depois que a festa acabar, cada um vai pro seu cantinho e o solteiro continua sozinho. Alegria temporária.
E assim como o Curinga, o solteiro não é aquela carta que se tem sempre à mão. Fácil. Porque o solteiro/Curinga também tem os seus outros Curingas. O que complica mais ainda a situação do jogo. E cabe a Deus, o destino, acaso, alguma força do universo ou a forma de traçar as cartas dar um rumo a esse jogo, possibilitar o encontro com esse Curinga. Mas nem sempre é como a gente quer. Em alguns jogos, o Curinga nem aparece, nos deixando na mão, porque a gente sabe: o baralho é traiçoeiro.
Ruim mesmo é quando você trata esse Curinga como o Rei de Copas ou de Espadas, se preferir. Atenção: Corra para as colinas! Isso! Não trate como Rei quem te trata como Curinga. Que está ali pra tapar um buraco, facilitar as situações, simplificar os fatos, encurtar caminhos. E se por acaso, você passar a tratá-lo com tal, não deixe nunca que esse Curinga saiba o que ele se tornou.
Chega um momento em que você cansa de ser o Curinga e quer se tornar a Rainha de Copas, mas para isso é necessário descartar alguns Curingas que não tem sentindo nenhum no jogo, por mais difícil que seja. A gente sabe que assim como pode não ter nenhum Curinga no momento, de repente podem vir dois Curingas de uma vez na mesma rodada, no mesmo jogo e você vai ter que descartar um deles, para o seu próprio bem. É difícil, complicado, mas não é impossível e nem é para sempre.
E se depois de todo esse esforço, esse Curinga se tornar o seu Rei de Espadas, deseje com todas as forças que ele faça por onde permanecer assim, mas se esse Rei não fizer por onde, é chegada a hora de considerá-lo carta fora do baralho e começar um novo jogo no papel de Curinga.